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Temer recebe presidente da UGT em Brasília

11 de novembro de 2016, 15h21

Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), em audiência realizada na manhã dessa quarta-feira (9), em Brasília, com o presidente Michel Temer, relatou a preocupação dos trabalhadores e da sociedade como um todo em relação aos projetos de reforma da Previdência e da PEC 55, que estão em discussão no Governo.

O primeiro, de acordo com o que tem sido divulgado, prevê mudanças que vão causar forte impacto na vida do trabalhador, enquanto o segundo impõe um reajuste fiscal, congelando as despesas da Administração Federal Direta no nível da execução orçamentária de 2016, corrigida a partir de 2017 pela inflação medida pelo IPCA, pelos próximos 20 anos.

Na audiência com Temer, Patah, sugeriu que, antes de se pensar em reforma que corte direitos dos trabalhadores, a Previdência deveria vender as centenas de imóveis que tem espalhados pelo País, sendo que alguns estão alugados a preço vil enquanto outros estão abandonados. “Só a venda desses imóveis irá render alguns bilhões ao caixa da Previdência”, disse Patah.

O sindicalista também lembrou ao presidente que a Previdência tem a receber da iniciativa privada e de órgãos do Governo outros R$ 236 bilhões. “Esse dinheiro é fruto de sonegação com Previdência e daria para cobrir o rombo existente sem penalizar o trabalhador”, relatou Patah.

Além disso, disse o sindicalista, “precisamos unificar a Previdência no País, pois não é possível ter uma Previdência para a iniciativa privada, outra para servidores públicos, outra para a magistratura, outra para políticos e a corda só arrebentar no trabalhador da iniciativa privada”, sentenciou.

O presidente da UGT também argumentou com Michel Temer que a PEC 55, que está no Senado para ser votada, pode engessar o crescimento do País e criar problemas na educação e saúde. “O Brasil precisa de um ajuste fiscal. Do jeito que está, é impossível fazer qualquer planejamento, mas também não é justo comprometer uma geração com arrocho por 20 anos”, disse Patah.

Segundo o sindicalista, o presidente Michel Temer se comprometeu a analisar todos os argumentos apresentados pela UGT e assegurou que a reforma da Previdência deverá chegar ao Congresso até o dia 3 de dezembro e que, antes de ser finalizada, ele irá discutir com os economistas e técnicos as sugestões apresentadas pela Central.

Fonte:Publicação Eletrônica da Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do Estado da Bahia Nº 453


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