× Sindicatos Contabilidades Contato Acompanhar processos Contribuição Assistencial

Notícias

Viver mais implica em ter de trabalhar por mais tempo

20 de December de 2016, 11h17

 

Na década de 1980 surgiram importantes estudos sobre transição profissional, em virtude de grandes transformações em processo nos países desenvolvidos. No início do século 21 as pesquisas ganharam outros contornos diante do processo de globalização, com a intensificação da competição e reestruturações organizacionais.

Nos dias atuais, aumentou a relevância do tema e ampliaram-se as discussões, estabelecendo-se relações com temas emergentes: novas gerações, novas tecnologias, crises econômicas e aumento da expectativa de vida da população.

Sobre esse último tema, em especial, de acordo com levantamento realizado pelo Euromonitor, em 2030, a população do Brasil ultrapassará os 220 milhões e o crescimento populacional com idade superior a 65 anos será significativo.

No entanto, segundo as regras do Ministério da Previdência Social, definidas em 2015, para se aposentar, o trabalhador deverá observar o cálculo que leva em consideração o número de pontos alcançados, somando-se a idade e o tempo de contribuição do segurado.

Considerando essa realidade, transição profissional deve ser pensada pelo trabalhador como um “processo inevitável”, dado que, em termos profissionais, a transição se inicia a partir de um incidente crítico, que dispara no indivíduo a necessidade de mudança diante de novos contextos ou novas oportunidades e que, sobretudo, afeta a sua percepção como pessoa.

Assim, diante da “nova proposta de reforma da previdência”, em discussão no Congresso Nacional, parafraseando Richard Sennet, muitos trabalhadores ficarão à deriva e, constantemente, serão pressionados a se repensar enquanto profissionais, a mapearem novas oportunidades e, sobretudo, a assumirem o papel de protagonistas da própria carreira, desenhando planos estratégicos para se prepararem para um futuro cada vez mais incerto e distante da aposentadoria.

Especialmente sobre esse assunto, sugiro a leitura da dissertação do pesquisador Cesar A. S. Campos, do Mestrado Profissional da FIA, que entrevistou executivos de meia idade, de vários setores, cujos resultados revelaram a carência de conscientização dos pesquisados sobre a necessidade de se preparar antecipadamente para viver mais e continuar trabalhando.

Fonte:Publicação Eletrônica da Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do Estado da Bahia Nº 477


Veja outras publicações
SINDICATO DOS COMERCIÁRIOS

Logomarga