O Ministério da Economia revisou a estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
O reajuste do salário mínimo é realizado todos os anos para evitar que as famílias brasileiras percam poder de compra devido ao aumento da inflação. Em 2022, o piso nacional pode registrar seu maior reajuste em seis anos, passando de R$ 1.100 para R$ 1.177, caso a inflação chegue a 7%.
Essa correção é feita com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INCP), que em julho ficou em 6,20%, segundo dados da Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica.
A LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) aprovada pelo Congresso Nacional em julho previa o salário mínimo de 2022 em R$ 1.147, um reajuste de 4,3%. O governo federal deve enviar um PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) com a nova estimativa de alta ainda em agosto.
Desde 2020, o salário mínimo passou a ser corrigido apenas pelo INCP, não oferecendo ganho real aos brasileiros. Sendo assim, o reajuste serve apenas para cobrir a desvalorização da moeda no ano anterior.
2021: R$ 1.100,00 (5,2%);
2020: R$ 1.045,00 (4,7%);
2019: R$ 998,00 (4,6%);
2018: R$ 954,00 (1,8%);
2017: R$ 937,00 (6,48%);
2016: R$ 880,00 (11,6%);
“A correção é para manter a mesma posição, manter o equilíbrio da cesta de consumo. Só que a cesta de consumo não sobe igual, existem itens dentro da cesta que pesam mais e outros menos. A depender de onde a pessoa esteja, ela pode não ter o poder aquisitivo recuperado”, explicou André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).