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Caminhoneiros entram no quarto dia de greve contra preços abusivos dos combustíveis

As entidades deram um prazo de 15 dias para o governo Federal atender a pauta da categoria, mas como isso não aconteceu os protestos iniciaram na últi
05 de novembro de 2021, 10h50

Apesar das 29 liminares que o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) conseguiu na Justiça para impedir bloqueios e do forte aparato policial nas estradas, a greve e os protestos dos caminhoneiros autônomos contra os aumentos abusivos dos preços dos combustíveis e pelo fim da política de Preços de Paridade de Importação (PPI) da Petrobras, que teve início no dia 1º de novembro, segue em forte em algumas cidades do país.

Nesta quarta-feira (3), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, derrubou decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que liberava os bloqueios nas estradas de pelo menos 11 estados.

Mesmo assim, no Porto de Santos, no estado de São Paulo, o movimento conta com adesão de 100% da categoria, que também luta pelo reajuste da tabela do frete e pela aposentadoria especial após 25 anos de contribuição.

Levantamento preliminar das entidades que organizam a greve mostra adesão à paralisação dos caminhoneiros também em São José dos Pinhais (Paraná), Barra Mansa (Rio de Janeiro),Volta Redonda (RJ), Ijuí (Rio Grande do Sul), Santo Augusto (RS) e em Rio Verde (Goiânia).

O movimento é organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e pela Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava).

As entidades deram um prazo de 15 dias para o governo Federal atender a pauta da categoria, mas como isso não aconteceu os protestos iniciaram na última segunda-feira.

A pauta tem 15 itens, mas a categoria prioriza três pontos emergenciais:

  • a mudança da política de preços dos combustíveis na Petrobras, que cabe ao governo federal alterar. O diesel, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, subiu 33% em 12 meses e a “inflação dos motoristas” alcançou 18,46%, no acumulado dos últimos doze meses, até outubro, o dobro da média geral do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela FGV, que acumulada alta de 9,57% no mesmo período.
  • o retorno da aposentadoria especial após 25 anos de contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), medida que está parada no Senado Federal, e,
  • o julgamento da constitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da Lei Piso Mínimo de Frete (nº: 13.703/2018).

Sobre as liminares, o presidente da Abrava, Wallace Landim, o Chorão, disse “o governo está inibindo a gente de se manifestar. Mas o nosso departamento jurídico irá recorrer”.

“Essa luta não é só nossa, mas de toda sociedade. Vamos seguir firmes e manter os braços cruzados em defesa da sobrevivência da nossa categoria”, acrescentou.

O caminhoneiro autônomo, Plínio Dias, do CNTRC, parabenizou a união dos caminhoneiros que mantêm paralisações e protestos e informa que também recorreu das liminares.

“O nosso lugar de protestar é na pista e na rodovia. Caso isso não aconteça, iremos para as ruas e convoco todo povo paranaense a se unir conosco nesta luta”, disse.

Com informações da CNTTL

Fonte: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz / Foto: CNTTL – 04/11/2021


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