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Câmara deve votar outra fatia da PEC dos Precatórios esta semana

A discussão da matéria tem potencial para provocar uma crise no parlamento, caso os deputados não aceitem as mudanças feitas pelos senadores
13 de dezembro de 2021, 10h22

Por Redação RBA

São Paulo – Nova discussão sobre a PEC dos Precatórios na Câmara dos Deputados deve ocorrer na próxima terça-feira (14). A novela pode se prolongar até a quinta. Na última terça, o Congresso Nacional promulgou uma “fatia” da Proposta de Emenda à Constituição 23/2021, transformada na Emenda 113. O trecho foi consensual entre deputados e senadores. O texto libera recursos para o programa Auxílio Brasil, com o qual Jair Bolsonaro substituiu o Bolsa Família e pretende melhorar a popularidade cada vez mais baixa de seu governo.

O que a Câmara vai analisar e votar são as alterações feitas no Senado. Como se trata de uma PEC, as mudanças devem ser reapreciadas e votadas novamente pelos deputados, sendo necessários 308 votos (três quintos) dos parlamentares. Na promulgação da emenda, a oposição protestou pelo fato de a matéria não vincular os recursos criados à seguridade social.

São Paulo – Nova discussão sobre a PEC dos Precatórios na Câmara dos Deputados deve ocorrer na próxima terça-feira (14). A novela pode se prolongar até a quinta. Na última terça, o Congresso Nacional promulgou uma “fatia” da Proposta de Emenda à Constituição 23/2021, transformada na Emenda 113. O trecho foi consensual entre deputados e senadores. O texto libera recursos para o programa Auxílio Brasil, com o qual Jair Bolsonaro substituiu o Bolsa Família e pretende melhorar a popularidade cada vez mais baixa de seu governo.

O que a Câmara vai analisar e votar são as alterações feitas no Senado. Como se trata de uma PEC, as mudanças devem ser reapreciadas e votadas novamente pelos deputados, sendo necessários 308 votos (três quintos) dos parlamentares. Na promulgação da emenda, a oposição protestou pelo fato de a matéria não vincular os recursos criados à seguridade social.

Com isso, segundo oposicionistas, as verbas ficariam “soltas”. Isso daria margem a manobras com as chamadas emendas de relator – o chamado “orçamento secreto”, cuja existência o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nega. O texto que já entra em vigor garante espaço de quase R$ 65 bilhões no Orçamento de 2022 para ser utilizado no Auxílio Brasil e em despesas de saúde e previdência.

A discussão da matéria tem potencial para provocar uma crise entre Câmara e Senado, caso os deputados não aceitem as mudanças feitas pelos senadores, entre as quais a principal é a que transformou o Bolsa Família em permanente. Assim, a expectativa é de que esta proposta deve ser apoiada por Arthur Lira. Além disso, o Senado estabeleceu limites para pagamento de precatórios até 2026, enquanto a Câmara tinha estabelecido os limites até 2036.

Bate-boca

Na sessão de promulgação, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) acusou Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente da Casa, de descumprir acordo feito previamente, para que todos os espaços fiscais da PEC fossem vinculados ao pagamento de seguridade social. Por sua vez, Pacheco retrucou dizendo que a parlamentar estava promovendo uma discussão “de cunho eleitoral”. Naquele mesmo dia, horas antes, ela havia lançado sua pré-candidatura à Presidência da República. Já Pacheco também está colocado na disputa.

Para a oposição, os deputados têm de “honrar” a costura feita pelo líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), que levou até a oposição a votar a favor, em nome da urgência de fazer chegar o Auxílio Brasil aos mais necessitados.

AMEAÇA DE CRISE

Depois da sessão de promulgação, porém, o presidente da Câmara declarou que a casa não tem obrigação de chancelar as mudanças de mérito feitas no Senado em relação ao texto aprovado anteriormente pelos deputados. “Alguns senadores que usaram a palavra no Senado usaram de maneira bastante equivocada. A Câmara não tem obrigação nenhuma de chancelar mudança de mérito”, disse Lira.

“Há boa vontade em produzir um texto com base no acordo de promulgar o texto convergente. As assessorias trabalharam de forma independente. Não usamos a proposta para fins eleitorais, não sou candidato a presidente da República”, acrescentou Lira. Segundo ele, as duas Casas do Congresso “têm independência de funcionamento”.


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