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Centrais sindicais garantem avanço no índice do piso regional do Rio Grande do Sul

A proposta encaminhada inicialmente pelo governo de 2,73% foi modificada para 5,53%.
15 de dezembro de 2021, 10h25

Por Rádio Peão Brasil

A defesa do Salário Mínimo do RS, o “piso regional”, tem sido uma luta constante das centrais sindicais e nos últimos anos tornou-se ainda mais crucial diante das ameaças de sua extinção, como propõem os empresários, e da urgência de reposição das perdas dos últimos anos devido a crise da pandemia e ao avanço da carestia que corrói a renda dos mais de 1,5 milhão de trabalhadores e trabalhadoras que dependem do piso no nosso estado.

O movimento sindical realizou uma intensa campanha para garantir uma aumento justo, e diante da pressão das centrais sindicais, a proposta encaminhada inicialmente pelo governo de 2,73% foi modificada. “Após meses de muita mobilização e trabalho de sensibilização dos deputados e da Casa Civil, o reajuste proposto foi para 5,53%, o que significa o dobro do percentual inicial”, comemora Guiomar Vidor, presidente da CTB-RS.

O sindicalista alerta que é um avanço importante para os trabalhadores, mas ainda não é suficiente para assegurada a recuperação da inflação dos últimos dois anos aos trabalhadores e as trabalhadoras que ganham o piso. “Outro fator é que a inflação, que se acentuou nos últimos meses, irá refletir-se na próxima data-base do piso, que é em fevereiro de 2022. Então teremos a necessária reposição da inflação mais os 4,5% que ficaram para trás. Isto deve voltar a ser colocado na mesa nas próximas negociações já no inicio de 2022”.

A mobilização agora, de acordo com o sindicalista deve continuar para a votação que ocorrerá na Assembleia Legislativa nos próximos dias. “O índice precisa ser aprovado para que os trabalhadores e as trabalhadoras que esperam há mais de 2 anos pelo reajuste do mínimo regional sejam atendidos.”

O sindicalista reforça ainda que a defesa da recuperação e valorização do piso regional será ainda mais intensa e prioritária em 2022, assim como a luta dos trabalhadores e trabalhadoras por um novo projeto nacional de desenvolvimento que tire o Brasil do atraso e dos retrocessos, que recupere a nossa democracia, a soberania, os direitos e empregos, valorize o trabalho e combata as desigualdades.


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