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Por melhores salários, 68% dos trabalhadores querem mudar de emprego este ano

Para 37% dos que querem mudar de empresa e 31% dos que planejam trocar de área, a remuneração é a principal motivação para a mudança desejada
11 de janeiro de 2022, 10h03

Por Redação CUT

Os baixos salários são a principal razão para a maioria dos trabalhadores e trabalhadoras que está pensando em mudar de emprego este ano, de acordo com pesquisa da empresa de recrutamento Robert Half.

A pesquisa mostra que 49% dos trabalhadores com mais de 25 anos de idade pretendem mudar de  emprego ou de área - mudança de carreira, em novo segmento ou profissão - este ano.  

Com remuneração e inflação registrando recordes que acabam com o poder de compra, a principal motivação para a mudança desejada por 37% dos que querem mudar de empresa e 31% dos que planejam trocar de área, é a busca por melhores salários. 

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no trimestre encerrado em outubro de 2021, quando a taxa de desemprego recuou para 12,1%, a renda média do trabalho voltou a cair e atingiu o menor nível em quase dez anos no país -  R$ 2.449 por mês.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, fechou 2021 em 10,42%. Segundo o IBGE, essa é a maior taxa para um ano desde 2015 (10,71%). Em 2020, o IPCA-15 havia ficado em 4,23%.

Outras razões para mudar de emprego

Os entrevistados também citaram o desejo de inovar ou aprender algo novo (19%), a busca por realização pessoal (17%) e a expectativa de uma melhor qualidade de vida (12%).

Sobre a pesquisa

A 18ª edição do Índice de Confiança Robert Half  entrevistou em novembro 1.161 profissionais, entre recrutadores e trabalhadores empregados e desempregados.

A maioria dos entrevistados está pessimista com relação ao futuro do mercado de trabalho. A perspectiva futura, para daqui a seis meses, caiu para 46,9 pontos.

Demissão por vontade própria

Ao analisar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a pesquisa constatou que 51% das demissões ocorridas no terceiro trimestre foram a pedido do trabalhador. Uma das razões pode ser   “a insatisfação com o trabalho atual, dado que a pandemia trouxe maior pressão psicológica em relação à relação vida e trabalho”, diz o documento.


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