Com o resultado de março, setor acumula crescimento de 1,18% no 1º trimestre deste ano, ao comparar os índices observados no mesmo período do ano passado
São Paulo - As vendas dos supermercados brasileiros cresceram 4,16% em termos reais em março deste ano na comparação com o mesmo mês do ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Já na comparação com fevereiro deste ano, houve alta real de 8,44%.
No acumulado do primeiro trimestre de 2016, as vendas do setor aumentaram 1,18% em termos reais ante os mesmos meses de 2015. Todos os valores foram deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Em termos nominais, a alta nas vendas em março foi de 13,94% na comparação com o mesmo mês de 2015. Já o resultado acumulado do primeiro trimestre é de crescimento nominal de 11,5% ante o mesmo período do ano anterior.
Em nota, a Abras chama atenção para o fato de que os resultados de março foram beneficiados pelo calendário. A Páscoa, importante data para o varejo de alimentos, ocorreu este ano em março enquanto, no ano passado, a comemoração foi em abril.
O presidente da entidade, Fernando Yamada, avaliou que o resultado de março ainda demonstra um desempenho fraco de vendas Para abril, a perspectiva é de que, com o patamar de comparação normalizado, os indicadores voltem a mostrar um recuo nas vendas. A projeção da Abras é de queda de 1,8% nas vendas em 2016.
Cesta básica
O preço da cesta de itens básicos nos supermercados brasileiros subiu 1,07% em março na comparação com fevereiro deste ano, de acordo com a Abrasmercado, cesta composta por 35 produtos de largo consumo pesquisada pela GfK e analisada pela Abras. O preço total da cesta saiu de R$ 456,22 em fevereiro para R$ 461,12 em março. Já na comparação com março de 2015, o preço subiu 17,95%.
Entre as maiores altas do mês passado estão itens como leite longa vida, cujo preço aumentou 5,5%, cerveja, com alta de 4,47%, e detergente líquido para louças, aumento de 4,25%. Já as maiores quedas foram encabeçadas por cebola, cujo preço recuou 6,03%, xampu, queda de 2,89%, e sabonete, retração de 2,53%.
Perspectivas
Segundo a Associação Paulista de Supermercados (Apas), a perspectiva é de que o desempenho do setor como um todo seja impactado pelo cenário econômico atual este ano, inclusive com "elevação do desemprego, queda da renda e inflação elevada e persistente", afirma a entidade, em nota.
Para este ano, a Apas estima para o setor supermercadista um faturamento na ordem de R$ 336 bilhões e crescimento nominal de 6,5% no Brasil, enquanto São Paulo deverá faturar R$ 99 bilhões com crescimento nominal de 6,5%.
No início da próxima semana, a associação realiza no Expo Center Norte, em São Paulo, a 32ª Feira e Congresso de Gestão Internacional Apas 2016.
Este ano, o evento terá como pauta temática "Perspectivas e Oportunidades" que a crise econômica pode gerar aos empreendedores do setor.
Fonte: Publicação Eletrônica da Federação dos Empregados no Comércio
de Bens e Serviços do Estado da Bahia Nº 0345