Em outubro de 1884, nos Estados Unidos, uma convenção presidida pela Federação de Ofícios e Sindicatos Organizados unanimemente decidiu que 1° de maio de 1886 seria o dia em que finalmente a jornada de trabalho diária teria que obrigatoriamente seguir o limite de 8 horas por dia. O dia primeiro de maio hoje é celebrado por mais de 150 países ao redor do globo como Dia Internacional do Trabalhador.
Dois séculos depois, trabalhadores no mundo todo ainda tem que lutar por direitos trabalhistas básicos. No final de 2021, a renda média do brasileiro atingiu o menor nível da série histórica. A remuneração mensal de cerca de 33 milhões de trabalhadores (36% do total de ocupados) não chega nem ao valor do salário mínimo, que passou de R$1.100 para R$1.212 neste ano. Estes são dados do levantamento da LCA Consultores, realizado com base nos indicadores trimestrais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para que todas as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas pudessem ser atendidas - alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência - o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que o salário mínimo ideal deveria ter sido de R$ 6.394,76, valor mais de 5 vezes maior que o piso nacional.
As centrais sindicais farão um ato unificado no próximo 1º de Maio. O evento será na Praça Charles Miller, em São Paulo, em frente ao Estádio do Pacaembu, a partir das 10h. A reforma trabalhista (Lei 13.467/2017) é um dos principais temas do 1º de Maio. Defensores do projeto de 2017, argumentavam que a reforma criaria milhões de empregos, porém, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, o mercado de trabalho esteve longe deste objetivo.
Com informações da Rede Brasil Atual e CUT