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Salário mínimo perde valor pela primeira vez desde o início do plano real

Pelos cálculos da Tullet Prebon Brasil, a perda será de 1,7%. O piso salarial cairá de R$ 1.213,84 para R$ 1.193,37 entre dezembro de 2018 e dezembro
10 de maio de 2022, 09h45

Por Mundo Sindical 

O salário mínimo vem perdendo valor nos últimos anos e o seu principal objetivo, que é cobrir as necessidades do trabalhador e sua família, já não tem mais poder de compra.

O jornal O Globo publicou reportagem mostrando que o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) será o primeiro chefe do executivo que terminará o mandato com o salário mínimo valendo menos.

Na matéria consta: “Pelos cálculos da Tullet Prebon Brasil, a perda será de 1,7%. Isso, se a inflação não acelerar mais do que o previsto pelo mercado no Boletim Focus, do Banco Central, base das projeções da corretora. As previsões vêm sendo revisadas para cima há 16 semanas. O piso salarial cairá de R$ 1.213,84 para R$ 1.193,37 entre dezembro de 2018 e dezembro de 2022, descontada a inflação.

A reportagem ainda mostra quais os fatores influenciaram na perda de valor do salário mínimo. Um deles é o ajuste fiscal, pelo peso do salário mínimo na indexação do Orçamento da União, ou seja, reajustes no piso têm impacto em uma gama de outras despesas, como benefícios sociais e gastos com Previdência. O segundo é a aceleração da inflação.

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) fala que o presidente e seu governo são um destruidor de sonhos. “Bolsonaro bateu outro recorde. É o primeiro presidente que terminará o mandato com o salário mínimo valendo menos do que quando assumiu. É um verdadeiro exterminador de vidas, destruidor de sonhos”, disse.

O Dieese apresenta todos os meses qual seria o salário mínimo ideal para suprir todas as necessidades de uma família. Em abril deveria ser de R$ 6.754,33.

Confira a evolução do salário mínimo desde o governo FHC:

Fernando Henrique Cardoso (1995-2002): 50,9%
Lula (2003-2010): 57,83%
Dilma Roussef (2011-2016): 12,67%
Michel Temer (2016-2018): 3,28%
Bolsonaro (2019-2022): -1,77%

 


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