São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,71% em março, abaixo tanto de fevereiro (0,84%) como de igual mês de 2022 (1,62%). Agora, segundo o IBGE, soma 2,09% no ano. No acumulado em 12 meses, deixou a casa dos 5% (pela primeira vez nos dois últimos anos) e está em 4,65%. Os resultados foram divulgados na manhã desta terça-feira (11).
Entre os grupos que compõem o índice oficial de inflação, Transportes teve a maior alta (2,11%) e também o principal impacto do mês (0,43 ponto percentual). Apenas a gasolina, que aumentou 8,33%, em média, representou 0,39 ponto no resultado. Já o etanol subiu 3,20%. O analista da pesquisa, André Almeida, observa que havia previsão de retorno da cobrança de PIS/Cofins a partir de 1º de março.
Ainda nesse grupo, gás veicular (-2,61%) e óleo diesel (-3,71%) permaneceram em queda. Os preços de passagens aéreas continuaram caindo, com menor intensidade: de -9,38% em fevereiro, para -5,32%. “Reajustes em tarifas de táxi em Belo Horizonte, em ônibus intermunicipal na região metropolitana do Rio de Janeiro, além de ônibus urbano em quatro áreas de abrangência do índice, também influenciaram”, diz o IBGE.
Já o grupo Alimentação e Bebidas subiu menos: de 0,16% para 0,05%. A alimentação no domicílio foi de 0,04% para -0,14%. Segundo a pesquisa, caíram preços de produtos como batata-inglesa (-12,80%) e óleo de soja (-4,01%), além de cebola (-7,23%), tomate (-4,02%) e carnes (-1,06%). Entre as altas, destaque para cenoura (28,58%) e ovo de galinha (7,64%).
Por sua vez, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais (0,82% em março) teve impacto da alta do plano de saúde: 1,20%. De acordo com o instituto, esse item “segue incorporando as frações mensais dos planos novos e antigos referentes ao ciclo de 2022-2023”. Itens de higiene pessoal (0,72%) subiram menos do que em fevereiro.
Assim, no grupo Habitação (de 0,82% para 0,57%), o IBGE cita a alta de 2,23% da energia elétrica residencial, com impacto de 0,09 ponto. Esse item teve redução de PIS/Cofins e aumento de ICMS em algumas regiões.
O único grupo com queda no mês foi Artigo de Residência: -0,27%. Contribuiu para isso, principalmente, a redução de 1,77% em itens de TV, som e informática (-1,77%). O preço médio do televisor caiu 2,15% e o o computador pessoal, 1,08%. Outros itens em queda foram eletrodomésticos e equipamentos (-0,23%, após alta de 0,45% no mês anterior). “As promoções realizadas durante a semana do consumidor, ocorrida em março, podem ter influenciado”, observa o analista.
Todas as áreas pesquisadas tiveram alta em março. O IPCA variou de 0,35% (Fortaleza) a 1,25% (Porto Alegre). No acumulado em 12 meses, o índice vai de 3,08% (Goiânia) a 5,61% (São Paulo).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,64%, ante 0,77% em fevereiro e 1,71% em março do ano passado. Com isso, soma 1,88% no ano. Em 12 meses, também deixa o patamar de 5%: passa de 5,47% para 4,36%.
Segundo o IBGE, o grupo Alimentação e Bebidas foi de 0,04% para -0,07%. Com isso, teve impacto de -0,01 ponto no mês.
Fonte: Rede Brasil Atual