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NOVEMBRO AZUL: Câncer de próstata é o segundo mais comum entre brasileiros

01 de novembro de 2023, 11h11

Visando a prevenção e a conscientização sobre o câncer de próstata, o Novembro Azul surgiu para colocar em pauta o tema que é tão necessário mas que ainda é considerado um tabu na sociedade. A campanha, que surgiu em 2003 na Austrália, chegou em 2011 no Brasil, através de uma iniciativa do Instituto Lado a Lado pela Vida. 

Aqui, entre 2020 e 2022, foram mais de 65 mil casos da doença, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Isso significa que o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os brasileiros, ficando atrás somente do câncer de pele do tipo não melanoma. 

O preconceito contra o exame de toque retal ainda é o maior inimigo da detecção precoce da doença. Com raízes no machismo e na homofobia, esta aversão impede que o câncer seja diagnosticado a tempo. 

 

Trabalhadores mais expostos 

Alguns trabalhadores nas áreas das indústrias eletrônica, de PVC, bombeiros e aplicadores de agrotóxicos, estão mais expostos à cancerígenos como o arsênio, agrotóxicos inseticidas, radiação ionizante e elementos radioativos durante suas atividades.

Contudo, esses casos são evitáveis com a eliminação dos principais agentes cancerígenos nos processos de trabalho. 

 

Crescimento silencioso

Em sua fase inicial, o câncer da próstata não apresenta sintomas na maioria dos pacientes. Por isso, aconselha-se que o exame de toque seja feito uma vez por ano por todos os homens acima de 50 anos. Já para aqueles com histórico familiar, devem começar a fazer o exame a partir dos 40 anos. 

Mesmo que seja uma doença silenciosa, o Inca aconselha que sinais e sintomas como: dificuldade de urina; diminuição do jato de urina; necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite; sangue na urina sejam investigados por um médico. Isso é indispensável para que o tumor seja encontrado numa fase inicial tendo, assim, maior chance de que o tratamento seja bem sucedido.

Já na fase avançada os sintomas passam a ser mais graves, causando dor óssea, infecção generalizada ou insuficiência renal.

 

Tratamento pelo SUS

Com a confirmação do diagnóstico, o tratamento poderá ser realizado nas Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACONs) e Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACONs). O tratamento pelo SUS inclui cirurgia, quimioterapia ou radioterapia, além de medicamentos e exames necessários. 

O paciente tem o direito, garantido pela Lei 12.732 de 2012, de iniciar seu tratamento em até 60 dias a partir da data de emissão do laudo do exame que comprovou o câncer.



Por Camila Banhatto, da Sindicatos Online. Com informações de Governo Federal, Ministério da Saúde e Instituto Nacional do Câncer (Inca).


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